BNDES e EPE trabalham plano de proteção de florestas com recursos de empresas petrolíferas
No dia 14 de julho de 2021, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para estudar a viabilidade de um instrumento de transferência de recursos financeiros das empresas de óleo e gás para atividades de sequestro e armazenagem de carbono no setor florestal, por meio da emissão de créditos de carbono. Com a iniciativa, as empresas dos setores de petróleo e gás terão oportunidades de compensações de emissões de gases de efeito estufa.
O acordo também visa subsidiar a elaboração de um conjunto de instrumentos que auxiliem no aumento da confiabilidade e eficiência do mercado voluntário de carbono no Brasil. Embora tenham foco nos setores de petróleo e gás, e de florestas, as propostas a serem construídas podem ter desdobramentos e benefícios para outros setores, em especial ao relacionados à água, biodiversidade, controle de erosão e equilíbrio do microclima.
Segundo o levantamento da EPE, o setor de petróleo e gás é a terceira maior fonte de emissões brutas de gases de efeito estufa no Brasil, atrás apenas de atividades relacionadas à mudança do uso do solo e florestas, e da agropecuária. Um dos grandes desafios dessa indústria é reduzir as emissões ao longo da cadeia de produção e consumo.
A maior parte das reduções esperadas de emissões virá de investimentos nas suas próprias unidades de produção, a exemplo de eficiência energética e injeção de dióxido de carbono (CO2) nos poços. A compensação de emissões com créditos de carbono terá um papel complementar, principalmente no curto prazo, com benefícios para a conservação e restauração de florestas, e consequente redução da emissão de gases de efeito estufa, favorecendo o atingimento dos compromissos pactuados pelo Brasil no Acordo de Paris.
A equipe de Petróleo, Gás & Offshore está à disposição em caso de dúvidas.